quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Orkut ainda está vivo e forte!



Julho de 2013. Um email entre a infinidade de não lidos espanta e traz anexa a nostalgia: “Fulano quer ser seu amigo no Orkut”. A solicitação vem acompanhada das lembranças do que pode ter sido a primeira rede social de boa parte da geração Y. Usuários interagiam entre si através dos recados e depoimentos no perfil, ou em tópicos de comunidades. Caso o dia não estivesse bom, a sorte diária do Orkut poderia ser a salvação.

Criada em 24 de janeiro de 2004 pelo engenheiro turco do Google, Orkut Büyükkökten, a rede social figurou como o principal e maior meio de relacionamento virtual no Brasil até meados de 2011, quando foi batido por outra rede que prometia uma interação maior com seus amigos e a possibilidade de se conectar, facilmente, com pessoas de qualquer lugar do mundo: o Facebook. A nova plataforma, desenvolvida por Mark Zuckerberg, atraiu os usuários do Orkut e a migração foi inevitável. A partir daí, o número de usuários do site do Google diminuiu consideravelmente.



Uma pesquisa feita pelo Experian Hitwise mostra que, antes de ser ultrapassado pelo Facebook, em abril de 2011, o Orkut detinha 50,51% das visitas brasileiras. Esse percentual despencou para 2,20% neste ano. Apesar do baixo número, o site é o terceiro do gênero mais acessado no país. Na frente dele está o Facebook, com 66,54% dos acessos e o site de compartilhamento de vídeos YouTube, com 18,48%. Atrás estão o Ask.fm (2,1%), o Yahoo! Repostas (1,8%), o Twitter (1,75%) e outros.
Apesar da queda brusca, o Orkut ainda possui seus usuários fieis. O acesso até pode não ser diário, mas tem certa regularidade: uma vez por semana, a cada duas semanas, a cada mês. Lucas Oliveira, de 21 anos, utiliza a rede social para procurar por links de downloads de filmes e torrents. Ele diz que ainda há grande movimento em algumas comunidades, mas percebe que, mesmo nesses locais, o acesso vem diminuindo. Hoje o estudante possui uma conta ativa no Facebook que foi criada porque todos os seus contatos estavam migrando para lá. Entre outros motivos, essa é uma das razões que levou muitos usuários a fazerem o mesmo.


Na era do armazenamento de arquivos em nuvem há quem mantenha a rede social do Google ativa para não perder as inúmeras fotos adicionadas ao perfil ao longo do tempo. É o caso do professor George França, de 27 anos, que possui cerca de 1300 fotos desde que se cadastrou no site, em 2004. Elas são importantes pois retratam as mudanças pelas quais França passou ao longo do tempo. “Há fotos de cabelo comprido, bicolor, tingido escuro, mais curto...”, diz. Já o estudante Luan Martendal, de 20 anos, se arrepende de ter excluído o perfil, pois perdeu todas essas imagens.

Ao contrário de Luan, Helena Stürmer resgatou algumas fotos em uma das últimas vezes que entrou no Orkut. A estudante de 22 anos fez a busca tanto nos seus álbuns como nos de amigos. Embora muitos dos seus colegas tenham deletado a conta, ela acredita que a maioria ainda possua o perfil, mesmo que logando bem de vez em quando. “É engraçado porque lá o tempo parou”, diz. “Tem gente que ainda tá com o status “namorando”, por exemplo, e já terminou o relacionamento há mais de um ano”.

Stürmer prefere a rede social do Google ao Facebook e acredita que os dois sites são usados para diferentes fins. Para ela, enquanto o Orkut era mesmo social, para manter contato através dos recados, o Facebook é mais uma rede de compartilhamento, opinião, manifestação. “O passado tá lá (no Orkut). Eu me prefiro lá do que no Facebook”.


Enquanto alguns deixaram o Orkut para trás porque o movimento diminuiu e todos os amigos começaram a migrar para o Facebook, alguns preferem a mídia social assim, abandonada. A popularização das redes faz com que cada vez mais pessoas publiquem ou compartilhem conteúdo que desagrada a outros.



 Quem voltar para o Orkut, verá o Google utilizando o serviço para direcionar o usuário ao Google+, a nova rede social da empresa lançada em 2011, que ainda engatinha em número de usuários ativos. Quem quiser, pode integrar as duas contas e visualizar as novidades de uma rede na timeline da outra. Quem não quiser, vai acabar sendo submetido ao Google+ de qualquer forma. Algumas alterações no layout do Orkut não deixam você esquecer que a atenção da companhia está voltada para o novo site de relacionamentos.


A R18, uma empresa especializada em análise de dados sociais, acompanhou entre os dias 13/04 e 15/05 o que os usuários do Facebook e do Twitter falam sobre o Orkut. Apesar de sua baixa popularidade, a frase “SDDS Orkut” (abreviação de ‘saudades Orkut’) foi citada por 23% dos usuários. Eles também lembraram das comunidades, depoimentos, correntes, scraps e dos constantes bugs.
No infográfico abaixo, produzido pela R18, você confere mais jargões e funções muito utilizadas na rede social. E aí? Saudades do Orkut?





Então se você ainda tem conta no velho e bom orkut, vale a pena dar uma conferida






















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